Escrevi este texto, a pedido de minhas amigas Josiane e Daila, para compor as orelhas do livro delas: Patinando, Brincando e encantando.
Trata-se de uma obra única, ao trazer a ludicidade para o ensíno da patinação artística.
Nosso Município, apesar de pequeno, mantém uma escola de Dança e Patinação Artística, que atende em torno de 230 alunos, dos 2 anos aos 70 aproximadamente. Divididos por faixa etária e modalidade, aprendem, se divertem e se encantam na arte da dança e da patinação.
"Minha
Isadora tinha 4 anos quando iniciou na patinação.
Mãe
coruja que sou, acompanhei as primeiras aulas. Segurava-lhe as mãozinhas
enquanto “marchava” em cima de um tapete. Com facilidade dominou os patins que
me pareciam tão pesados para suas perninhas.
Quando
soltou minhas mãos, a Josi deu-lhe as suas, e junto deu coragem, confiança... e
deu também seu coração... Porque a Josi é assim: põe o coração em tudo o que
faz... Com um método muito próprio, foi ensinando a deslizar, cair e levantar,
fazer figuras, trabalhar em equipe, superar medos e dificuldades.
Já
deslizando passava por mim na pista, eu só conseguia ver rodinhas e alegria.
Depois
vieram as apresentações em público. A beleza das coreografias, luzes, música,
figurinos, mas nada brilhava tanto como sorriso dela no palco.
Eu
vibrava orgulhosa, na plateia e nas coxias... e a Josi me provocava: Vem
patinar também?!
Não
resisti... Calcei os patins e a Isadora segurou minhas mãos...
Formamos
um grupo de mulheres adultas. A Josi e a Daila trouxeram o método. Independente
de idade ou condicionamento físico, fomos aprendendo.
Porque
a patinação amadora não te limita, nem te classifica, mas te liberta. No
deslizar das rodas você esquece/resolve os problemas, oxigena o cérebro, exercita
o corpo, alegra a alma, faz novos amigos. Sem a pretensão de ser atleta, sem a
pressão do profissionalismo. Somos patinadoras livres. Somos a própria alegria
com rodinhas nos pés..."
Quem é mãe sabe que junto com as dificuldades, recebemos também as maiores alegrias imagináveis. Demorei pra ser mãe, planejei e decidi que faria o meu melhor, para que estes anos de infância de minha filha fossem muito bem aproveitados. Tenho seguido à risca este plano. Compartilhamos muitos momentos fantásticos, construímos memórias. Se isto não é felicidade. Não sei o que é...
Divirtam-se muito com seus filhos.
Maria Elisabete Silveira.