quinta-feira, 11 de julho de 2013

A decisão

Cada uma tem seu momento e seus motivos

Quantas vezes ouvimos comentários do tipo: “fulana fez lipo... nem precisava” ou “beltrana gastou horrores com silicone, que desperdício”, “dava pra reformar a cozinha com este dinheiro”; “poderia comprar um carro”. A verdade é que os motivos e a decisão são próprios de cada uma. Assim como suas prioridades. Todas temos aquelas amigas que compram roupas e sapatos novos todos os meses, e aquelas que preferem cortinas, tapetes e móveis novos. Temos também aquela amiga que usa as mesmas roupas simples diariamente, tem em casa o mínimo necessário, mas está sempre viajando para lugares interessantes. Amigas que colecionam bolsas, outras colecionam livros, outras estão sempre fazendo algum curso... mas todas são felizes e amadas como são.
Cada uma tem seu momento, suas prioridades e seus motivos!

Sempre travei batalhas com a balança. Desde cedo fazia caminhadas, andava de bicicleta e logo que pude, comecei a fazer ginástica. Conseguia manter um peso adequado para minha estatura (média de 56 kg para 1,64m). Longe de ser uma modelo, mas estava feliz e satisfeita. Em 2008, aos 35 anos engravidei. A gestação foi maravilhosa. Fazia exercícios, Yoga, caminhada e cuidava da alimentação. Engordei cerca de 9 kg apenas. Depois do parto em novembro, e com a amamentação, estava voltando para o meu peso anterior.
A partir do ano seguinte, por uma série de acontecimentos no meu trabalho, tive minha primeira crise depressiva, que desencadeou uma série de outros problemas de saúde, como amenorréia, problemas circulatórios, ansiedade, insônia. Com a depressão veio a fuga na comida, a falta de vontade de fazer exercícios, de me cuidar, de viver... Meu peso foi subindo gradativamente. Demorei para admitir que os problemas eram realmente causados pela depressão e não queria tratar com medicações fortes. Tive que ceder aos argumentos do médico e do meu marido, que também sofria as conseqüências da minha doença. Em 2010 comecei o tratamento.
Dois anos depois, com a doença controlada, veio a consciência de mim mesma e a vontade de melhorar também fisicamente e esteticamente. Voltei a fazer exercícios e conversei com meu marido sobre a possibilidade de uma prótese, já que meus seios sempre foram muito pequenos e depois da amamentação ficaram ainda menores. O marido adorou a idéia, não só por eu estar me cuidando novamente, cuidando da nossa relação, mas pela possibilidade de ter “brinquedo novo no playgroud”. Conversei com algumas amigas que já tinham feito, outras que sonhavam em fazer, outras que não fariam. Conversei com minha mãe, que foi contra... Li muitos sites e blogs sobre o assunto. Observei fotos de antes e depois...Refleti muito sobre os riscos, as vantagens, a questão financeira, a vontade, os cuidados, a disposição para manter um estilo de vida saudável e não perder o resultado em pouco tempo...
Eu decidi pelo SIM. Mas a decisão cabe a cada uma. É você que vai sofrer o procedimento, vai correr os riscos, vai sentir as dores, vai ter que se cuidar depois pra manter o resultado, vai investir suas economias, vai ter que mudar o guarda-roupa (uhúuu). Então decida por si mesma, e nunca pelos outros.
Continuo esta história em outros posts.
Beijinhos no coração e cuidem –se.
Maria Elisabete Silveira.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oi, obrigada pelo seu comentário. Logo ele poderá ser visualizado. Beijinhos.