quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Meu Pós-operatório



Só lembro da dor. Muita, muita dor. Doía tanto que eu queria minhas gordurinhas de volta. Queria voltar no tempo. Xingava em pensamento todas as amigas que me disseram que não doía... Estava inchada, com muitas manchas roxas pelo corpo. Os seios também estavam inchados, mas a dor era suportável e o aspecto era natural. Apenas duas pequenas incisões de aproximadamente 6cm na parte de baixo denunciavam a intervenção.
Minha mãe estava comigo em casa e me ajudou muito, especialmente com minha filha, que na época tinha 3 anos. Tomava medicação pra dor, seguia a dieta e as demais recomendações. Mas doía muito. Deitar e levantar da cama, sentar e levantar do sofá, tirar e colocar a cinta eram verdadeiras torturas.
No segundo dia já comecei as sessões de drenagem com a fisioterapeuta Gisele Scheller. Além de excelente profissional, ética e sincera, é amiga. Mas não tinha pena. Suas mãozinhas delicadas pareciam pesar toneladas. Eu fazia careta, trancava a respiração, mas ela persistia. Era importante uma drenagem bem feita, pra ajudar num bom resultado, tirar o inchaço, acelerar a cicatrização e não formar fibroses. Eu tinha que suportar. (Só respirava e pensava: - amanhã vai doer menos).
Em uma semana voltei à clínica para avaliação da evolução. Estava tudo bem. Continuei os cuidados, as drenagens e na semana seguinte voltei à clinica para nova avaliação. Recebi alta para trabalhar, mas tinha que usar uma placa abdominal sob a cinta. No trabalho meu abdomem inchava tanto que a placa afundava, e em volta dela formava uma borda. Começaram a aparecer fibroses. Voltei à clinica e o médico me recomendou mais dez dias de repouso e mais 10 sessões de drenagem. As sessões foram de ultrassom e massagem manual. Doía muito. Eu sentia cada fibrose. Massageava em casa também, durante o banho, e com o tempo elas se desmancharam.
Voltei ao trabalho, mas dirigir ainda era difícil. Fazia pequenas caminhadas para ativar a circulação e andava de bicicleta.
Usei a cinta por uns 60 dias mais ou menos, dia e noite. E quando finalmente a tirei, me sentia insegura. Até a roupa sob a pele dava uma sensação estranha. Aos poucos a vida voltava ao normal.
Pra preservar e melhorar o resultado, voltei pra ginástica e faço pilates, além de acompanhamento nutricional.
A Lipo não faz milagres. Ela retira gorduras específicas de algumas partes de seu corpo, mas o resto, você tem que eliminar com dieta e exercícios. No meu caso ainda restavam gorduras na parte superior das costas, braços e muita celulite nas coxas.
Um ano depois meu peso e medidas eram de 61 kg, busto: 90 cm, abdome superior: 75 cm, cintura: 70 cm, umbigo: 76 cm, quadril 85 cm, coxa sup. 52 cm.
Não tenho um corpo perfeito e acredito que o mesmo nem exista além do photoshop, mas me sinto bem comigo mesma. Cuido da minha saúde, auto-estima, cultura e bem viver entre família e amigos. Prezo a ética profissional e social.
NA VERDADE, É ISTO O QUE REALMENTE IMPORTA NÃO É?

Beijos no coração e cuidem-se.

Maria Elisabete Silveira


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