Só lembro da dor. Muita, muita dor. Doía tanto que
eu queria minhas gordurinhas de volta. Queria voltar no tempo. Xingava em
pensamento todas as amigas que me disseram que não doía... Estava inchada, com
muitas manchas roxas pelo corpo. Os seios também estavam inchados, mas a dor era
suportável e o aspecto era natural. Apenas duas pequenas incisões de
aproximadamente 6cm na parte de baixo denunciavam a intervenção.
Minha mãe estava comigo em casa e me ajudou muito,
especialmente com minha filha, que na época tinha 3 anos. Tomava medicação pra dor, seguia a dieta e as
demais recomendações. Mas doía muito. Deitar e levantar da cama, sentar e
levantar do sofá, tirar e colocar a cinta eram verdadeiras torturas.
No segundo dia já comecei as sessões de drenagem
com a fisioterapeuta Gisele Scheller. Além de excelente profissional, ética e
sincera, é amiga. Mas não tinha pena. Suas mãozinhas delicadas pareciam pesar
toneladas. Eu fazia careta, trancava a respiração, mas ela persistia. Era
importante uma drenagem bem feita, pra ajudar num bom resultado, tirar o
inchaço, acelerar a cicatrização e não formar fibroses. Eu tinha que suportar.
(Só respirava e pensava: - amanhã vai doer menos).
Em uma semana voltei à clínica para avaliação da
evolução. Estava tudo bem. Continuei os cuidados, as drenagens e na semana
seguinte voltei à clinica para nova avaliação. Recebi alta para trabalhar, mas
tinha que usar uma placa abdominal sob a cinta. No trabalho meu abdomem inchava
tanto que a placa afundava, e em volta dela formava uma borda. Começaram a
aparecer fibroses. Voltei à clinica e o médico me recomendou mais dez dias de
repouso e mais 10 sessões de drenagem. As sessões foram de ultrassom e massagem
manual. Doía muito. Eu sentia cada fibrose. Massageava em casa também, durante
o banho, e com o tempo elas se desmancharam.
Voltei ao trabalho, mas dirigir ainda era difícil.
Fazia pequenas caminhadas para ativar a circulação e andava de bicicleta.
Usei a cinta por uns 60 dias mais ou menos, dia e
noite. E quando finalmente a tirei, me sentia insegura. Até a roupa sob a pele
dava uma sensação estranha. Aos poucos a vida voltava ao normal.
Pra preservar e melhorar o resultado, voltei pra
ginástica e faço pilates, além de acompanhamento nutricional.
A Lipo não faz milagres. Ela retira gorduras
específicas de algumas partes de seu corpo, mas o resto, você tem que eliminar
com dieta e exercícios. No meu caso ainda restavam gorduras na parte superior
das costas, braços e muita celulite nas coxas.
Um ano depois meu peso e medidas eram de 61 kg, busto: 90 cm, abdome superior: 75 cm, cintura: 70 cm, umbigo: 76 cm, quadril 85 cm, coxa sup. 52 cm.
Não tenho um corpo perfeito e acredito que o mesmo
nem exista além do photoshop, mas me
sinto bem comigo mesma. Cuido da minha saúde, auto-estima, cultura e bem viver entre
família e amigos. Prezo a ética profissional e social.
NA VERDADE, É ISTO O QUE REALMENTE IMPORTA NÃO É?
NA VERDADE, É ISTO O QUE REALMENTE IMPORTA NÃO É?
Beijos no coração e cuidem-se.
Maria Elisabete Silveira
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