Compartilho hoje oma mensagem muito linda de libertação e transformação, num trecho do livro: Nas margens do Rio Piedra eu
sentei e chorei. De Paulo Coelho.
Inspirem-se:
...”
estou aqui neste quarto”, pensei. “Longe de tudo com o que estou acostumada,
conversando sobe coisas pelas quais nunca me interessei e dormindo numa cidade
onde jamais coloquei os pés, Posso fingir – por alguns minutos – que sou
diferente”.
Comecei
a imaginar como gostaria de estar vivendo naquele momento. Eu gostaria de estar
alegre, curiosa, feliz. Vivendo intensamente cada instante, bebendo com sede da
água da vida. Confiando novamente nos sonhos. Capaz de lutar pelo que queria.
...
Sim,
esta era a mulher que eu gostaria de ser – e que de repente aparecia, e se
transformava em mim.
Senti
que a minha alma se inundava com a luz de um Deus – ou uma Deusa – em quem não
acreditava mais. E senti que, naquele momento, a Outra deixava meu corpo e
sentava-se num canto do pequeno quarto.
Eu
olhava a mulher que tinha sido até então: fraca, procurando dar a impressão de
forte. Com medo de tudo, mas dizendo para si mesma que não era medo – era
sabedoria de quem conhece a realidade. Construindo paredes nas janelas por onde
penetrava a alegria do sol – para que seus móveis velhos não ficassem
desbotados.
Vi
a Outra sentada num canto do quarto – frágil, cansada, desiludida. Controlando
e escravizando aquilo que devia estar sempre em liberdade: seus sentimentos.
Tentando julgar o amor futuro pelo sofrimento passado.
O
amor é sempre novo. Não importa que amemos uma, duas, dez vezes na vida –
sempre estamos diante de uma situação que não conhecemos. O amor pode nos levar
ao inferno ou ao paraíso, mas sempre nos leva a algum lugar. É preciso
aceitá-lo, porque ele é o alimento da nossa existência. Se nos recusarmos,
morremos de fome vendo os galhos da árvore da vida carregados, sem coragem de
estender a mão e colher os frutos. É preciso buscar o amor onde estiver, mesmo
que isto signifique horas, dias, semanas de decepção e tristeza.
Porque,
no momento em que partimos em busca do amor, ele também parte ao nosso
encontro. E nos salva.”
Beijos no coração e na sua Deusa interior...
Maria Elisabete Silveira
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